Amante Alexandrino
Quão ditosas feições tu expões num sorriso!
Este inciso candor que ao meu ser acalenta
Alimenta um desejo incontido, sem siso,
Indeciso a viver em bonança ou tormenta.
Esta menta que exala em razão do teu riso,
É um aviso, um convite ao anseio, ao alento
O momento de amar, de sonhar, ser conciso
E preciso no amor ou na dor, em lamento.
Este atento prazer de te ver todo dia
Me alivia das vis intenções discrepantes
E inconstantes da vã solidão que esvazia.
A alegria de estar junto a ti, são instantes:
Excitantes sessões de cessão sem fobia
Da magia, a paixão plena em sermos amantes.