SONETO n.35.
ESSÊNCIA
Surgiu como um fatal presságio,
crença astral vinda de outra vida
(sinal de tormetas e de contágio)
numa doce criança recém-nascida.
Esse Mal cobrou bem seu pedágio,
e minha jornada foi muito dolorida,
uma melodia em bem lento adágio:
eu mesma, de mim, tão esquecida!
Então, eu lutei contra a inclemência
que escraviza as almas transitórias,
e sacudi - a vibrar - minha Essência.
Deixei tudo: a dor, medo e problema,
para cantar a vida em toda sua glória
no milagre profundo que é o Poema!
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Silvia Regina Costa Lima
27 de janeiro de 2009