METRÓPOLE DA SOLIDÃO
Para a cidade de São Paulo, nos seus 455 anos.
Caminhos de tuas artérias
Que bebe de todos os sangues
Convive com tuas misérias
Disputas no trânsito, gangues...
Fumaças do ser corroído
As chamas que vêm lá das fábricas
Respiro de um ar poluído
Teus olhos encharcam de lágrimas
Sussurros de vozes caladas
Vividas em vidas de cão
Mas ainda assim és amada
Metrópole da solidão
Milhões solitários da estrada
Repousam no teu coração