APEDREJADA
A história se repete
pela pedra assim jogada.
Cobre o corpo tal confete,
mas não abriga de nada.
Porquanto a alma se derrete,
a vida segue açoitada
sem ter o que a aquiete,
nessa ou em outra jornada.
Na salvação que promete,
a emoção se faz aleijada
em perversão que submete.
E essa pedra que atirada,
por qualquer marionete,
me fere e deixa marcada.