APEDREJADA

A história se repete

pela pedra assim jogada.

Cobre o corpo tal confete,

mas não abriga de nada.

Porquanto a alma se derrete,

a vida segue açoitada

sem ter o que a aquiete,

nessa ou em outra jornada.

Na salvação que promete,

a emoção se faz aleijada

em perversão que submete.

E essa pedra que atirada,

por qualquer marionete,

me fere e deixa marcada.

Tânia Regina Voigt
Enviado por Tânia Regina Voigt em 26/01/2009
Reeditado em 11/04/2009
Código do texto: T1406352
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