Fora do Tom
Senhor, meu Pai, a luz que não mais sinto
Da razão, da ilusão...Onde está?
Que minha'alma presa - e sei que tão má -
Possa encontrar a fivela do cinto
Para que eu possa, de novo, soltar
Aquilo que calo, porém não minto.
Que meu amor afastado e sucinto
Dê-me vida na veia a derramar.
Na armadilha entre emoção e razão,
Meu Senhor, aponta-me a direção
Na qual deve seguir o meu destino...
No meu peito, além de mágoa e rancor,
Existe um bruto e assustado amor
Que me tira a voz e, então, desafino.