Fora do Tom

Senhor, meu Pai, a luz que não mais sinto

Da razão, da ilusão...Onde está?

Que minha'alma presa - e sei que tão má -

Possa encontrar a fivela do cinto

Para que eu possa, de novo, soltar

Aquilo que calo, porém não minto.

Que meu amor afastado e sucinto

Dê-me vida na veia a derramar.

Na armadilha entre emoção e razão,

Meu Senhor, aponta-me a direção

Na qual deve seguir o meu destino...

No meu peito, além de mágoa e rancor,

Existe um bruto e assustado amor

Que me tira a voz e, então, desafino.

Preto
Enviado por Preto em 26/01/2009
Reeditado em 27/01/2009
Código do texto: T1406349
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