Sem Rumo
Encontrei-te a esmo, em noite calma,
De carne latejante... um veneno!
Eu era a dama tesa do rio obsceno,
Tinha um corpo róseo e sem alma.
A noite foi vil qual sonho de valsa,
Bebi o licor da brisa nua...plena...
Na solitária lembro do teu aceno,
E nas drágeas encubro os meus traumas...
Estou velha, à margem, fui ingrata...
O pretérito brilha e maltrata
Curto as horas perdidas no covil.
Meu sangue, agora, gélido e funéreo,
Canta ao santuário perto do etéreo;
Serei o pó da nuvem de anil.
Ribeirão Preto, 15 de maio de 2005.
22h44 min.
Encontrei-te a esmo, em noite calma,
De carne latejante... um veneno!
Eu era a dama tesa do rio obsceno,
Tinha um corpo róseo e sem alma.
A noite foi vil qual sonho de valsa,
Bebi o licor da brisa nua...plena...
Na solitária lembro do teu aceno,
E nas drágeas encubro os meus traumas...
Estou velha, à margem, fui ingrata...
O pretérito brilha e maltrata
Curto as horas perdidas no covil.
Meu sangue, agora, gélido e funéreo,
Canta ao santuário perto do etéreo;
Serei o pó da nuvem de anil.
Ribeirão Preto, 15 de maio de 2005.
22h44 min.