SONETO DA GRATIDÃO

SONETO DA GRATIDÃO

Apesar de minh’alma naufragada

nesse cálice amargo de orfandade

compraza a Deus a via iluminada

que te guia da sombra à claridade...

Malgrado a desventura consolada

por velados suspiros de saudade,

apraz aos céus saber-te retornada

para ensinar o amor na eternidade...

E entre flores e lágrimas e afetos

está o adeus dos filhos prediletos

que o acaso da vida pôs dispersos...

E me coube, a despeito desse pranto,

a glória de render-te com meu canto

a gratidão que trago nestes versos...

Afonso Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 26/01/2009
Código do texto: T1404725
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