MORTE

Falas d'alma que atormentam
Corpo nu recrudescendo
Peles, poros jorram sangue
Vai num cântaro esquecendo

Lágrimas misturam quanto
Vozes do silêncio insurgem
Gritos retinindo um canto
Cacos, flandres em ferrugem

Morta a flor da esperança
Vida que some vazia
Íngua de uma dor que lança

Tristeza e monotonia
O expirar da morte mansa
Vida que já foi um dia
Roberto Dourado
Enviado por Roberto Dourado em 25/01/2009
Reeditado em 20/05/2020
Código do texto: T1403754
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