TRANSE DA ALMA!
Em transe, a minh’alma aflita, chora
E o pranto que escorre de meu rosto
Enxágua - na tristeza e desgosto
Esta angústia que em meu peito aflora!
Não há tormento como o que me invade
Nem há atenuante que permita
Esfarripar os fios da desdita
Que encobre este véu de castidade.
Debalde, a luta se faz perene
Na guerra – a que o ânimo serene
Os desejos, em sua imensidade...
E um dia - quem sabe - talvez me acene
Um novo sol que não me desordene
E a perturbação de passar – há-de!