NECA 1 (Sem métrica)
NECA 1
(Sem métrica)
Levantei-me ereto nos dois pés,
Na imensidão do meu quarto de dormir.
Não sabia andar em frente ou de viés,
Não sabia se estava vindo ou a ir.
Tropeço maquinal do hoje, do amanhã,
Saúde comprometida com o meu nada.
Quando vejo a vida, um novelo de lã,
Emaranhado se por uma bruxa ou fada.
A dor faz a minha cabeça enorme e grande,
Reduzindo o cômodo como casa de boneca,
Fica mais pequena por mais que se ande.
Aumenta mais ainda a lembrar da “Neca”,
Doçura que dentro da gente se esconde,
Princesa primeira no altar da minha Meca.
Goiânia, 05 de abril de 2001.