NECA 1 (Sem métrica)

NECA 1

(Sem métrica)

Levantei-me ereto nos dois pés,

Na imensidão do meu quarto de dormir.

Não sabia andar em frente ou de viés,

Não sabia se estava vindo ou a ir.

Tropeço maquinal do hoje, do amanhã,

Saúde comprometida com o meu nada.

Quando vejo a vida, um novelo de lã,

Emaranhado se por uma bruxa ou fada.

A dor faz a minha cabeça enorme e grande,

Reduzindo o cômodo como casa de boneca,

Fica mais pequena por mais que se ande.

Aumenta mais ainda a lembrar da “Neca”,

Doçura que dentro da gente se esconde,

Princesa primeira no altar da minha Meca.

Goiânia, 05 de abril de 2001.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 25/01/2009
Reeditado em 03/12/2010
Código do texto: T1403053
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