Passado Teu Persegue
Concordo quando dizes bem de manso
Que o que passa, não fica, não acompanha
Os versos que a ti faço, e minh'alma assanha
Se irado fico, e não mais descanso.
Suplício do qual eu não mais alcanço
Saída pra não tê-lo, perdi a manha...
Me confundo qual patas mil de aranha
Que desliza em meu peito num balanço...
E fico assim, alfito, e não mais sei
Agir de modo que seja eu o rei
Altivo, e desfaça o mais difícil:
Sendo o alvo mais nervoso e visado,
Não me entrego, posto que, em teu cuidado,
Creio eu desviar do antigo míssil!