NÃO GRITE 1 (Sem métrica)
NÃO GRITE 1
(Sem métrica)
Não grite e nem chore meu coração sofrido,
Tudo foi por conta do livre arbítrio ingrato.
Mesmo pelas milhas que se tenha corrido,
Somos hoje duas frágeis presas no mesmo mato.
Pensar jamais n’aquele bom tempo ido,
Onde o gostoso virou um grande “trem” chato,
O mais insuportável se tem vivido,
Nunca soubemos dar o pulo do gato.
Refugia-se hoje nas penúrias da existência,
Dando-nos certeza dos transmites do amor,
Onde se exercitou toda a nossa excelência.
Nos campos percorridos a procura da flor,
Encontro-a dentro de mim em toda a essência
Embriagada na ébria sutileza da dor...
Goiânia, 14 de maio de 2005.