ALMA SEM RUMO 1 (SEM MÉTRICA)
ALMA SEM RUMO 1
(Sem métrica)
Minha alma procura o pêndulo maligno do nada,
No Universo se esparrama o canto da cotovia.
Tromba-se com o escaldante calor da amada,
Esparramada ao lençol n”uma manhã fria.
Quem dera vivêssemos no mundo de uma fada,
Onde maravilhas sem conta é o que se via.
Mas estamos com a vida encalacrada,
Sem fé, sem amor, sem esperança e alegria.
Não tem mais nada a surgir no futuro
A não ser um vácuo tonto e sem prumo,
Rompendo no lusco-fusco do claro escuro...
É assim mesmo, nave sem sabor nem sumo,
Levantando tímida por detrás do muro
Cambaleante perdida por aí indo sem rumo...
Goiânia, 13 de outubro de 2005.