Olhe para mim, pequena triste
Em seu olhar cerrado e formoso
A alegria se foi, já não existe
Dourados pingos deles brota precioso.
 
Os ombros lânguidos, reclinados, caídos
Carregando a cabeça de alvos cachos
Tentam erguer-se, mas, já tão sofridos
 Trêmulos, sobem e descem sobre o tacho.
 
A mão dolente repousa estática e fria
Sobre a pedra do fogão ardente
Queimando sua palma e já ardia.
 
Mas, o inverno feroz que a consumia
Morava em seu peito, tão dormente
Naquele momento sereno, sua mãe partia.
 
sandra canassa
Enviado por sandra canassa em 20/01/2009
Reeditado em 09/03/2009
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