A SOLIDÃO (II)
A solidão é uma dor desesperadora!
É um sentido que entorpece os sentidos.
É querer ser, agora, o que antes fora.
É ver todos os futuros perdidos.
A solidão é uma dor lancinante!
É o desejo intermitente da prece.
É a droga alucinógena fulminante:
Não se quer... Se toma... Se enlouquece...!
A solidão é um caminho doente:
Entre uma ou mil e uma gente,
Não se quer, mas se é arredio.
Maléfica, é do bem maledicente!
Que a solidão me apunhale fortemente
Para encher, ao menos, de morte esse vazio!