Soneto macabro: Me leve ao nada
Antes que o tempo venha
e transforme meus ossos duros
em sal, oh, vem, vento, e sopre
minha vela para o nada!
A última vela em chamas
lacrimejando num canto
como meus últimos anos
acabados. Resta a morte!
Vem, meu manso amigo vento,
amansar alguém que sofre;
vem fazer um acalento
que nesta casa antes forte
queimam e me desfarelam
os últimos pingos de vela.