AMOR DE NÃO TER FIM


Ferve o sangue nos sambas sincopados,
sonorizando sonhos satisfeitos.
Amor antigo, par de namorados,
em coleantes cenas, sem defeitos.

Paixão mantida. Dois apaixonados.
Passistas passionais, sem preconceitos.
Eternos nos desejos desejados
e saciados nos lençóis desfeitos.

Amor que faz das horas recomeços,
dos recomeços flores de um jardim
e no jardim jaeza os adereços.

Dentre os preceitos, todo amor assim,
sem mudanças, sequer, nos endereços,
nasce começo de não ter mais fim.

Odir, de passagem