VIRTUDES
Na negra noite – o brilho das estrelas...
Na espessa mata escura – os vaga-lumes...
No tenebroso mar – navegam velas
E brincam lindos peixes aos cardumes.
Nascem flores do lodo – adoro vê-las!
Dentre os espinhos, exalam mil perfumes
As rosas cândidas, e ali entre elas,
Balança um ninho com pássaros implumes.
É a natureza, muito sábia, lendo
A virtude no mau, o belo no horrendo,
Para mostrar-nos quanto o orgulho é vão.
Na impureza de um homem da ralé
Viu Jesus a brilhar a luz da fé
E levou para o céu o bom ladrão.