OBSESSOR (Alexandrino)

OBSESSOR

(Alexandrino)

Há quanto tempo ele me persegue de perto,

Fazendo em na gente uma bagunça danada.

Porque não sei entre nós quem é que está certo,

Perturbando a todo o momento a minha amada.

Eu tenho vontade de esgana-lo, coitado,

Mas sempre ao vê-la recaída, fico incerto,

Quando diz ainda que por ela sou amado,

Assim, assim deixa meu coração aberto.

Silêncio não gosto de lhe ouvir a fala,

Quando me dirige aquela palavra rude.

Então humilde minha alma ouve tudo e cala.

Implora pedindo me a paz, mas quer que eu mude,

Ingrata, diz que não abandona o velho “mala”,

Amor confesso-lhe fiz tudo mas não pude.

Goiânia, 05 de abril de 2004.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 19/01/2009
Reeditado em 17/10/2010
Código do texto: T1392532
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