CANSEI...


Eu cansei de esperar sob as estrelas.
Estrelas,que nem sabem do que sei.
Confesso, que de amores eu cansei...
Cansei e nem levanto os olhos ao vê-las.
 
Confesso não despertar na lua cheia.
Cheia de amarguras,que me vão n’alma.
Alma triste, sozinha, abandonada...
Abandonada e dolorida,creia.
 
Mas sei que sem amor não se vive...
Quem sabe estou só por livre escolha...
Até agora, só perdi amor que tive.
 
Preciso saber que escrevo ao vento...
Como o outono arranca e leva a folha...
Folhas de papel e de lamento.

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Pra minha honra,Soneto do talentoso amigo Oklima.


CANSAÇOS

Não lamentes das folhas onde escreves,
os teus sonhos de esperas de carinho.
Amores são assim, livres e breves,
com voltas de saudade ao ser sozinho.

Às vezes brasas, outras vezes neves.
Às vezes voa, qual um passarinho,
em vôos longos, outras vezes leves...
Mas amor não é ave. Não tem ninho.

Não temas ser sozinha, desprezada,
de esperar estrelas noite afora,
de ser sombra da lua à madrugada.

Não há nada tão lindo, não há nada,
que se compare, na primeira hora,
ao cansaço de amar e ser amada!



Odir, de passagem pelos sentidos cansaços da doce Elen Nunes.
Obrigada,amigo.



Elen Botelho Nunes
Enviado por Elen Botelho Nunes em 18/01/2009
Reeditado em 21/01/2009
Código do texto: T1390706
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