ROSA DESFOLHADA
 
 Desfolhada estás depois da beleza
No chão batido que a teus pés sonhava
Alcançar tua doçura e tua pureza
Ou abrigar-te enquanto eu te desfolhava.
 
Já não resta senão a doce lembrança
Do perfume escarlate que me inebriava
Das doces pétalas que agora descansa
Na terra úmida que a sustentava.
 
Desastrada sou e me entristeço
Ao ver a rosa desfolhada na terra
Amargo uma pena que não tem preço.
 
Uma pena maldita pelo qual padeço
Que sangra a cor da beleza mais pura
A cor da paixão que jamais esqueço.

Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 16/01/2009
Reeditado em 14/07/2012
Código do texto: T1388154
Classificação de conteúdo: seguro