UM POEMA DOLORIDO

lisieux

Como te dizes meu se não consigo

encontrar eco no teu verso e peito?

Ser flor-de-lis não posso, se persigo

em vão, repouso em teu amor-perfeito.

Como lembrar-te a voz e a tua imagem

se não me escreves mais nenhuma linha

e me abandonas, como a avezinha

que, ao vir o inverno, busca outra paisagem?

Como me dizes ter saudade tanta

se tu conservas, presa na garganta

a tua palavra, plena de paixão?

E aqui me deixas, sem os teus abraços,

o coração partido em mil pedaços

e, também muda, a minha inspiração...

BH - 06.11.08

lisieux
Enviado por lisieux em 15/01/2009
Código do texto: T1385580