Imersão
Tere Penhabe
De sonho meu parece não ter nada,
Essa ilusão que julgo estar vivendo,
Que me mantém assim, subordinada,
A tudo que eu já ia me esquecendo...
São vultos de esperança atropelada,
Pelos raios do sol que vem nascendo,
Nessa paisagem tão iluminada,
Onde nada parece estar morrendo.
Eu tenho que sair dessa imersão!
Armar-me de coragem, ir em frente,
Fazer da lentidão um de repente...
Não aceito mais ordens da razão,
Que faz a vida ser assim tão feia,
E manda o amor bater em porta alheia.
Santos, 05.01.2009.
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