Soneto VI
Verbo amar
Tere Penhabe
Amor... eu nunca tive em meu caminho.
Como entender a linha mal escrita,
Da indesejável falta de carinho,
Que faz o ser viver sempre em desdita?
E quem não escolheu estar sozinho,
Porque há de ver a sua sina aflita,
Tendo no coração agudo espinho,
E ninguém para ouvir quando ele grita?
São tantas as perguntas a fazer...
São tantas as respostas a saber...
E no silêncio fico a meditar...
No verbo que se envolve de mistério,
E não há quem desvende o seu critério,
Sabe-se apenas que se chama: Amar!
Santos, 27.03.2007
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