A Torre da Paciência.
Desvencilhar-me sempre ora desisto
Da ramagem da ofensa carcomida...
Sempre viva, seu fim nunca registro,
De par c’a mal-querência mais renhida
Deixa está! Sofreu desse mal até Cristo...
Livres dele jamais se fica em vida
Enfrentamento cego hei previsto
Pra ofensa não se pode dar guarida
A intransponível torre da paciência
Erijo, com prudente consistência,
Por defesa das tais línguas espúrias
E se mais ímpias as garras das injúrias
Robusteço-me mais na irreverência
De acolhê-las c’as pedras da paciência