Indignação
O corpo faminto, exangue e silente
Com olhos baços desligados pela dor
É o retrato em nada inocente
De uma história marcada pelo horror.
Pobre criança de vida indigente
Reflete o descaso e o desamor
Da humanidade dita inteligente
Que extermina sem culpa, seja quem for.
Hora de agir contra a crueldade feroz
A indiferença que abomino, também
A simples omissão, que pode ser atroz.
Almejo transformar indignação em voz
Não quero calar, nem tampouco dizer amém
Vou recusar qualquer passividade algoz.