MINHA MÃE
Tão moça tu te foste desta lida!...
Tão cedo para o céu foste morar!
Foi Deus que te amou tanto, oh! Mãe, querida,
Que não teve paciência de esperar.
Não quis te ver sofrer, nem ver ferida
Um’alma assim tão pura e a quis levar;
Poupou-te das agruras desta vida,
Preparando-te logo um bom lugar.
Certo estou que, na sua sã sapiência,
Previra Deus a minha resistência
Para sobreviver à dor sem par.
Mas confesso-te, oh! Mãe, que ainda penso,
E egoísticamente estou propenso,
A pedir, se puderes, pra voltar.