ALMA SEM RUMO (alexandrino)
ALMA SEM RUMO
(alexandrino)
Minha alma erma procura o pêndulo do nada,
No Universo onde esconde o canto da cotovia.
Tromba-se com o escaldante calor da amada,
Em aconchego ao lençol n”uma manhã fria.
Quem dera vivêssemos no mundo de fada,
As maravilhas sem conta é o que se via.
Ora estamos com a vida encalacrada,
Sem fé, sem amor, sem esperança e alegria.
Não tem mais nada para surgir no futuro
A não ser vácuo tonto tão sem prumo,
Rompendo no lusco-fusco do claro escuro...
É assim mesmo, nave sem sabor nem sumo,
Levantando tímida por detrás do muro
Cambaleante perdida por aí sem rumo...
Goiânia, 13 de outubro de 2005.