Lenço rasgado

Branca seda rasgada,

Vejo um seu fiapo cortado,

Na rua suja e molhada,

E seu desenho despedaçado.

Estava toda ciganada,

O povo dançando animado,

Por trás a deusa enluarada,

Agora está estragada.

Menina triste e agora calada,

Ao ver seu lenço rasgado,

Da borda de seda dourada.

Que o chão empoeirado,

Apagou a estrela iluminada,

Do lenço que foi retalhado.

Izabel Bento
Enviado por Izabel Bento em 10/01/2009
Código do texto: T1377432
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