Lenço rasgado
Branca seda rasgada,
Vejo um seu fiapo cortado,
Na rua suja e molhada,
E seu desenho despedaçado.
Estava toda ciganada,
O povo dançando animado,
Por trás a deusa enluarada,
Agora está estragada.
Menina triste e agora calada,
Ao ver seu lenço rasgado,
Da borda de seda dourada.
Que o chão empoeirado,
Apagou a estrela iluminada,
Do lenço que foi retalhado.