Soneto ao coração

Incandescente e rubro pisca no meu peito

Bombeia o sangue puro para as partes

E traz felicidade ao meu leito

E leva minhas veias a mil enfartes

Entorpecente e puro órgão mágico

Mistura o meu sangue as tuas veias

Como uma aranha nobre tece as teias

E o meu peito pulsa taquicárdico

Silente e hostil como uma harpia

Que longamente sua presa vigia

Como uma assombração desencontrada

Demente e pueril bomba sombria

Que espalha o meu sangue pelas vias

De sua circulação dissimulada

Joao L Terrezo
Enviado por Joao L Terrezo em 09/01/2009
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