CLAMOR DA MADRUGADA
Clamando por um momento de amor
você desperta minha alvorada,
no desejo de sentir o meu e o seu prazer
no silêncio cúmplice da madrugada.
Sob o edredom aninhada ao abandono
ouço sua voz em surdina murmurando...
a surpresa desfaz meu corpo do sono,
ao aconchego do amor me entregando.
Num imprevisto vens me bolinando...
infiltrando-se aos pés do edredom,
meus dedos, sua boca sugando.
Em delírios de afagos e malícias
nos perdemos em intenso gozo,
meu nú entregue às suas carícias.