SONETO ANTIGO
Se, para longe levam olhos teus
Esse vento de minha própria mão,
Por que, então, serve meu cruel adeus
Num momento de pura inspiração?
Teus olhos só enxergam os pigmeus,
E ao me enxergarem, prantos correrão
Com amores de fogo, mas ateus,
Levados pelos ventos desta mão.
Que importa o amor de fogo e de festança
Se não se crê no Pai e Criador?
Como buscar a graça da esperança?
Esse Poema do Adeus está bem feito,
Lindo rondel de esplêndido valor
Que guardarei nas furnas de meu peito!