CONTRADITORIAmente
Cobram-me versos inspirados na alegria
E assim, noto o quanto pareço estranha!
Desconhecem a impotência que entranha
No orbe de falsa ventura e rebeldia!
Ao rutilar o raiar dum novo dia
Endêmica ânsia a mim acompanha!
Vislumbro-me nos olhares de dor tamanha
Mescla de íntima calma... vil desvalia!
Repito-me em frases despidas de ousadia
Sem importar se faço algum sentido!
Ouço vozes a sussurrar-me ao ouvido
Repasto da alma buscando calmaria!
Tragada em sons lúgubres... mordaz sinfonia
Vago nos meandros do oásis perdido!