SONETO DE UM CRONISTA

Não sei como nasce um poeta

Como se dá a transformação

Ser imortal, não é minha meta

Mas cronista, já sou de coração.

Como Vinícius, além de amar

Hei de espalhar meu canto

E, prometo por onde passar

Conseguir fazer cessar o pranto

Pois, se escrevo a verdade

Faço de modo ameno e sutil

Se critico, é sem maldade

Não tenho sentimento vil

Uma pitada de humor sempre cabe

Mesmo não sendo primeiro de abril.

Wilson Silvério