IDÍLIO INACABADO

Ainda penso – e como penso – em ti!

Não sei se deveria amar-te ainda

do jeito da amizade que foi linda,

mas que, depois, se fez um tititi.

Ainda penso em ti – e com que drama!

Como supor que, por tua cabeça

passe qualquer ideia que pareça

indiferença a mim, qual uma trama?

Ainda penso em ti... Com que ternura

nos dávamos as mãos, tão amoráveis,

um casal de pombinhos, rua afora!...

Ao primeiro aconchego, sem usura,

os dois, tínhamos transas formidáveis,

sem cerimônia, sem lugar... nem hora.

Fort., 06/01/2008.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 06/01/2009
Reeditado em 06/01/2009
Código do texto: T1369885
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