Soneto de Encontro
Ama-me na última cantilena,
Pois ainda descansa meu pensamento.
Os sinos tocam num compasso lento,
Aquecendo-nos com melodia apenas.
Espere-me na última estação.
Meu caminhar contorna a brevidade,
Atrasa o futuro com suavidade.
Eu estou indo, mas rapidamente não.
A fortuna nos levará ao amor,
Em seu tempo exato, sem desenganos.
Esquece a pressa, os rumores e a dor.
Amo-te em cada entardecer em mim;
Em todo amanhecer teço meus planos,
Para morar em teus braços, enfim.