AINDA SOU
O tempo me escorreu pelo dedos.
Gotejou seus dias,
gotejou suas noites
se fez em anos.
Anos que passaram e eu não vi.
Agora aturdida, olho para trás,
para as minhas mãos
e vejo o que perdi.
Mas não me perderei mais entre meus dedos
pois meu corpo tem sede
de um olhar para o futuro.
Lanço-me na estrada ! Sinto o cheiro dos roseirais.
Caminho para a frente, sem contar o tempo.
Apenas vivendo. Sendo exatamente o que sou : inteira.
26/11/2005