INSÔNIA INSISTENTE
Nas caladas das noites, longas e escuras,
Nas entranhas das frias madrugadas,
Uma insônia insistente que perdura,
Leva-me a refletir sobre a mulher amada.
E naquele assustador silêncio sepulcral,
Escuto canções que invadem meus ouvidos
E conseguem melhorar, às vezes, meu astral,
Já que misturadas de notas, bemóis e sustenidos.
Vencido pelo cansaço, só penso em dormir,
Mas o sono não concilio, continuo aceso,
Embora o corpo reclame muito e passo a sentir.
O raciocínio fica lento, parece que há um peso,
E a ausência dela, não posso, não há como mentir,
Me sufoca, me apequena. É assim como me vejo.