VIAGEM NO TEMPO


Nessa estrada em que trago a vida
Eu me perco e nem sei quem sou
Sugo o tempo numa bebida
Venço o passo que me alcançou

Vidas muitas que me assolaram
Moças pardas, loiras e pretas.
Laços ternos que me assomaram
Tristes mares, coisas secretas.

Risos lânguidos, dissabores.
Festas pálidas, tempo largo
Flores, pétalas: tantas cores

Nos sorrisos que imprimem o cargo
Em licores toscos amores
Que viagem de um gosto amargo!



Roberto Dourado
Enviado por Roberto Dourado em 04/01/2009
Reeditado em 04/01/2009
Código do texto: T1367639
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