Mantra

“Não espalhe por aqui o lixo seu”

disse o mestre ao me ver, triste, chorar,

sentido pela morte que me deu,

muitas velhas razões de lamentar.

É com constrangimento que se morre,

e se perde consciência pois a alma,

é coisa que não existe, nem socorre:

“qual o som de u’a mão que bate palma?”

Pensando neste mantra descobri,

a calma que outrora persegui,

que veio sem maior busca de fatos.

“ Faça o favor”, o mestre comandou,

“deixe de fora o lixo”, ordenou,

“Já comeu? Então vá lavar os pratos!”