Castigado

Com fogo! Assim deves sofrer, oh, maldita!

Felicidade nunca neguei-te, não é?

Responda-me: por que arrancaste-me o pé

Que me apóia, se meu amor já não limita?

Cala-te, pois. Raiva! Não te finjas de aflita!

Orei. Pelo menos ela não me trai, a fé.

Pedi a Deus para esquecer-te, e, se puder,

Que meu amor restrinja-se a mim, se te irrita.

Odiei tua atitude e teu egoísmo.

Agora, exaspera-me teu pleno cinismo

Quando dizes que, sem mim, a vida é desgraça!

Oro de novo refazendo meu pedido:

Que tua vida entre em coma induzido

Para que, antes da dor, o amor se desfaça!

Preto
Enviado por Preto em 03/01/2009
Reeditado em 05/01/2009
Código do texto: T1365996
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