Castigado
Com fogo! Assim deves sofrer, oh, maldita!
Felicidade nunca neguei-te, não é?
Responda-me: por que arrancaste-me o pé
Que me apóia, se meu amor já não limita?
Cala-te, pois. Raiva! Não te finjas de aflita!
Orei. Pelo menos ela não me trai, a fé.
Pedi a Deus para esquecer-te, e, se puder,
Que meu amor restrinja-se a mim, se te irrita.
Odiei tua atitude e teu egoísmo.
Agora, exaspera-me teu pleno cinismo
Quando dizes que, sem mim, a vida é desgraça!
Oro de novo refazendo meu pedido:
Que tua vida entre em coma induzido
Para que, antes da dor, o amor se desfaça!