Memórias Alagadas

Eram tantos os rios que aqui passavam!

Havia barquinhos feitos de jornal,

Manhã ensolarada em dia de Natal,

Águas correntes que muito rimavam.

Os rios atualmente vazios – Oh, que pena!

Já encheram os rios dos meus sentimentos.

Meu coração tão cheio de juramentos,

Cantigas solenes de uma tarde amena.

Secos os rios, eu ainda sentimental;

Leitos vazios, eu toda inundação.

Andante sem rumo, incontinental.

Eram tantos os flúmenes e eu, pouca.

Meu canto murmurante de emoção,

A vida seguindo e minha voz rouca.

LLP
Enviado por LLP em 03/01/2009
Código do texto: T1365940
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