O grito mudo. Soneto sem “A”
Autor: Daniel Fiúza.
27/02/2003
Eu pensei como crédulo o oficio
nesse firme propósito que selei
os meus tolos versos de comício
o retorno foi o sonho que sonhei.
O vergonhoso gesto estrupício
nesse mister vivido que serei
bebendo veneno como um vício
mudez no meu destino sofrerei.
No escuro um tenebroso grito
por onde o eco se perde inócuo
sendo um ser feliz sonoro imito.
Só vendo velhos deuses que invoco
o meu próprio viver sorrindo incito
No dolo do desespero que enfoco.