Ai amor
Ai amor! Amor sempre tão travesso,
Invade repentinamente o peito...
E louco, desenfreado sai rasgando tudo por dentro,
Abrindo feridas incapazes duma cicatrização...
Ai amor! Amor que se torna amargo,
Que é juiz e advogado, a transformar-se num carrasco...
Para sangrar a alma que já martirizada,
Grita sufocada, agonizando-se na dor...
Ai amor! Amor que arrasa o coração...
Fazendo-o cobaia de suas tramóias invasivas,
Deixando-o inerte ao menor gesto seu...
Ai amor! Amor que trago engasgado...
Que espera ser expresso, que anseia por ser amado,
Amor que nada mais, se não o puro amor!
(SILVA, Jindiane Oliveira).
Araci – BA 11/07/2007.