Ai amor

Ai amor! Amor sempre tão travesso,

Invade repentinamente o peito...

E louco, desenfreado sai rasgando tudo por dentro,

Abrindo feridas incapazes duma cicatrização...

Ai amor! Amor que se torna amargo,

Que é juiz e advogado, a transformar-se num carrasco...

Para sangrar a alma que já martirizada,

Grita sufocada, agonizando-se na dor...

Ai amor! Amor que arrasa o coração...

Fazendo-o cobaia de suas tramóias invasivas,

Deixando-o inerte ao menor gesto seu...

Ai amor! Amor que trago engasgado...

Que espera ser expresso, que anseia por ser amado,

Amor que nada mais, se não o puro amor!

(SILVA, Jindiane Oliveira).

Araci – BA 11/07/2007.

JiN Oliveira
Enviado por JiN Oliveira em 03/01/2009
Código do texto: T1365471
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.