O Desatino
O anonimato da covardia
alicia a fome e a miséria,
Fere a alma e a transfere
para um mundo de ironia.
Vale viver, não vale matar.
Como sobreviver a ilusão
de ver, na mesa da vida, o pão
sem ter que à vida condenar?
Há! Quanta sede de alegria!
Quantas noites solidárias do frio
ainda teremos que despertar?
Há um vale-vida sem destino
ou seria da morte a chegada?
O alerta do medo condena a sorte.