ENTRE TAPAS E BEIJOS
Nos ringues da vida, entre cordas,
muita porrada levei de adversários;
talvez vikings e corsários,
aprendi a ir comendo pelas bordas.
Das rendas que fizeram a mortalha
corroidas pelos vermes da paixão,
da carne que rasgava qual navalha,
deixaram-me os amores traição.
As águas turbulentas sob as pontes,
cenários de infelizes horizontes
traduzem meu amargo desatino.
Tornei-me um triste peregrino
buscando tua voz suave e mansa...
Afogo-me na areia da esperança!
Réplica do soneto de Marcos Loures,
o maior sonetista do Recanto " Joguei minha toalha..."