ENTRE TAPAS E BEIJOS

Nos ringues da vida, entre cordas,

muita porrada levei de adversários;

talvez vikings e corsários,

aprendi a ir comendo pelas bordas.

Das rendas que fizeram a mortalha

corroidas pelos vermes da paixão,

da carne que rasgava qual navalha,

deixaram-me os amores traição.

As águas turbulentas sob as pontes,

cenários de infelizes horizontes

traduzem meu amargo desatino.

Tornei-me um triste peregrino

buscando tua voz suave e mansa...

Afogo-me na areia da esperança!

Réplica do soneto de Marcos Loures,

o maior sonetista do Recanto " Joguei minha toalha..."

Chaplin
Enviado por Chaplin em 02/01/2009
Código do texto: T1364475
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