Soneto n.29
Platonicamente
No fundo de cada fecundo devaneio.
No veio confuso de todo o meu delírio.
No âmago profundo do que eu tateio.
Na fogo vagabundo do pequeno círio.
É assim que me sinto, e até já receio,
não suportar mais este vil martírio,
que de tua tola loucura me proveio,
ao reler o teu poema - doce e satírio:
Ali me descreves o teu anjo perdido,
a mulher ideal, feito a bela Virgem
e a quem rezavas em um tempo ido.
Ardendo à sombra do teu egocentrismo,
na paixão que é já real (e até vertigem)
tu nos condenas ao eterno platonismo!
Silvia Regina Costa Lima
22 de dezembro de 2008
Platonicamente
No fundo de cada fecundo devaneio.
No veio confuso de todo o meu delírio.
No âmago profundo do que eu tateio.
Na fogo vagabundo do pequeno círio.
É assim que me sinto, e até já receio,
não suportar mais este vil martírio,
que de tua tola loucura me proveio,
ao reler o teu poema - doce e satírio:
Ali me descreves o teu anjo perdido,
a mulher ideal, feito a bela Virgem
e a quem rezavas em um tempo ido.
Ardendo à sombra do teu egocentrismo,
na paixão que é já real (e até vertigem)
tu nos condenas ao eterno platonismo!
Silvia Regina Costa Lima
22 de dezembro de 2008