REGRESSO A SANTO AMARO
Nesta terra bendita eu fui gerado,
Neste amado torrão cresci fagueiro
Olhando o Subaé serpenteado
E as chamas crepitantes dos palheiros;
Neste chão fértil, preto, açucareiro,
Da cor do braço forte escravizado,
Que tem legado ilustres brasileiros,
Também muitos heróis assinalados.
Como a ave que arriba e as asas solta,
E o precioso alimento vai buscar
Noutro lugar, eu fui buscar o pão;
E como o filho pródigo que volta,
Volto ansioso a correr pra lhe abraçar
E – humildemente – vou beijar-lhe o chão.