Disritmia
Existe uma disritmia crônica
Em minhas entranhas mortificadas...
Na alma feita de dor e medo,
De uma sofreguidão vazia...
Preciso perder-me no vácuo,
Achar-me no alem do infinito...
Deixar de ser começo para chegar ao fim,
Não ser o que pareço, mais o que sou.
Quero desempregnar-me de mim,
Esvaziar-me para completar-me...
Mim encher de um ser novo.
Não quero ser apenas o sobrevivente,
Do naufrago do meu pequeno ser...
À deriva de um mórbido mar sem vento!
(SILVA, Jindiane Oliveira)
Araci 08/03/2008