Disritmia

Existe uma disritmia crônica

Em minhas entranhas mortificadas...

Na alma feita de dor e medo,

De uma sofreguidão vazia...

Preciso perder-me no vácuo,

Achar-me no alem do infinito...

Deixar de ser começo para chegar ao fim,

Não ser o que pareço, mais o que sou.

Quero desempregnar-me de mim,

Esvaziar-me para completar-me...

Mim encher de um ser novo.

Não quero ser apenas o sobrevivente,

Do naufrago do meu pequeno ser...

À deriva de um mórbido mar sem vento!

(SILVA, Jindiane Oliveira)

Araci 08/03/2008

JiN Oliveira
Enviado por JiN Oliveira em 02/01/2009
Código do texto: T1363187
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