UM IATE VIRTUAL

Visto meus versos virtuais feitos às pressas

E embarco o iate que estas ondas quer saltar

Até chegar às belas praias mais desertas

Onde os poetas verdadeiros sonham estar

Viso à leveza de Itália ainda dispersa

E espio ao longe o neo-platônico pensar

Que deu origem a uma lírica desperta

Propondo ao mundo o ato de sonetear

Estou bem nu naquela Itália ou em nossa web

Vestido em ondas que dizem – estás sonhando!

E chego mesmo a imaginar que tenho febre

Que sou poeta daqueles que tinham mando

Ou só o aplauso dos que mandavam na plebe

Enquanto o iate virtual vai naufragando-me